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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Conheça o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, no Caminho Português de Santiago de Compostela, e festeje com Vinho Verde e arroz de sarrabulho


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu caro leitor ou leitora, já que estamos entrando na primavera aqui no Brasil, vou convidá-lo a um passeio muito florido em Ponte de Lima. Ponte de Lima é uma pequena, charmosa e turística cidade na região do Minho, no Norte de Portugal, não muito longe da fronteira com a Espanha, e é conhecida por dois “sobrenomes”: é considerada a capital portuguesa dos jardins e também é denominada de Capital do Loureiro, uma das uvas com as quais são feitos os exclusivos e badalados Vinhos Verdes portugueses que se harmonizam com a culinária local como com o arroz de sarrabulho, a lampreia a bordaleza,  a perna de porco a beloura ou o bacalhau de cebolada.  

Ponte de Lima fica no roteiro do Caminho Português para Santiago de Compostela, e a chegada na cidade emociona peregrinos há centenas de anos, especialmente quando entram cansados na cidade pela Avenida dos Plátanos, junto ao rio (foto abaixo), num momento mágico como no crepúsculo.

Ponte de Lima aparece em registros históricos há mais de 2.200 anos: desde a primeira referência, feita pelo historiador romando Tito Livio no ano 6 DC, a travessia do rio Lima foi um tema muito abordado por escritores gregos e romanos por causa da importância estratégica e militar do rio e da região. A primeira ponte (da qual resta um trecho original), foi construída no final do século 1 AC por Octávio César Augusto, e no início do século XII já existia ali uma povoação que era utilizada para defender as fronteiras do império romano.


No ano 1.125 o vilarejo ganhou permissão de D. Afonso Henriques para organizar uma feira de produtos locais  – e até hoje a feira é montada quinzenalmente na margem esquerda do rio. A ponte é considerada a mais bem conservada ponte medieval de Portugal e tem muitas histórias curiosas que vou revelar aqui no In VIno Viajas em outra oportunidade.

A comunidade é apaixonada por jardins. As ruas entremeadas de lojinhas, cafés e restaurantes; as margens do limpo e bonito rio Lima; as casas, ruínas de antigas fortalezas, os espaços públicos e as escolas – toda a região faz parte de imenso jardim de fama internacional. A cidade já venceu tres vezes o Concurso Nacional de Vilas e Cidades Floridas (de âmbito português) e foi segundo e terceiro lugar em edições do Concurso de Vilas e Cidades Mais Floridas da Europa. Além disso foi  vencedora do prêmio Garden Tourism Awards dentro do Festival Internacional de Jardins realizado em Toronto, Canadá, em 2013. Ponte de Lima também faz parte da Rede Europeia de Festivais Internacionais de Jardins.

Aproveitando esta vocação histórica e o fato de  estar situada num belo vale verdejante (que acabou denominando o tipo de vinho “verde”), a cidade aposta no turismo: o povo é educado, tem uma excelente gastronomia, os famosos vinhos verdes, lagoas atraentes, feiras turísticas e de negócios, o maior Museu do Brinquedo de Portugal (que In Vino Viajas já apresentou aqui), vários outros museus e uma história que remonta aos romanos. Mas além de tudo isso, Ponte de Lima é conhecida no mundo inteiro por ser a realizadora do Festival Internacional de Jardins.

O Festival Internacional de Jardins é realizado desde 2005, é o único de Portugal e um dos mais importantes do mundo. Funciona assim: entre os meses de maio e outubro, 12 jardins temáticos são montados e ficam expostos dentro de um parque de 2,5 hectares da cidade (foto abaixo).

Cerca de até 80 concorrentes do mundo inteiro inscrevem projetos e 11 deles são selecionados por uma comissão da prefeitura para terem seus projetos montados. Os visitantes – que foram 120 mil em 2014 - passeiam pelos jardins e votam no que mais gostaram; o mais votado permanecerá na próxima edição do concurso e os outros 11 serão desmontados e montados em outras áreas da cidade.

Os jardins são criados a partir de uma temática definida a cada ano. Como exemplos, o tema da 3ª edição foi “O Lixo na Arte dos Jardins” e outros foram “A Floresta no Jardim” (em 2011), “Jardins para comer” (em 2012) e “Jardim dos Sentidos” (em 2013).

Em 2014 - o ano da comemoração dos 10 anos do Festival – o tema foi “Jardins em Festa” e neste ano de 2015 o tema foi  “Água no Jardim” - veja abaixo a água na forma da molécula de H2O ou pequenos lagos. As fotos que ilustram esta reportagem são do parque permanente e de alguns dos 12 jardins da edição 2015.

Quem quiser visitar os jardins do Festival Internacional de Jardins edição 2015 tem até o dia 31 de outubro, data em que serão desmontados, mas os demais jardins permanecem - com clima de outono e na sequência, inverno. Mas Ponte de Lima tem muitas outras atrações para turistas que apreciam qualidade como você, registradas nas pedras, construções, prédios e na alma dos moradores. Ah, im, tem também lojinhas com artigos muito interessantes. Pode-se chegar de carro (melhor) ou de avião a Ponte de Lima – e nesse caso fica a cidade 45 minutos tanto dos aeroportos da cidade do Porto (Portugal) como da cidade litorânea de Vigo (Espanha).

Você cria jardins e quer reconhecimento mundial? Para os que estiverem interessados em se candidatar, o prazo de inscrições é 15 de novembro de 2015, o tema do concurso será “Jardins do Conhecimento” e informações sobre como participar podem ser encontradas no site www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt

(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas e quando esteve em Ponte de Lima fez questão de tirar uma foto ao lado desta estátua de figuras típicas da região (acima), que fica na margem do rio Lima. Fotos de Rogerio Ruschel; duas de Amandio Souza Vieira e F. Piqueiro (divulgação). Agradeço o apoio de Sandra Rodrigues, responsável pelos museus de Ponte de Lima. 



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Congresso de Enoturismo de Montevidéu põe na mesa a proposta de criação de uma Rota de Vinhos na América do Sul e planos de intercâmbio acadêmico e institucional


Por Rogerio Ruschel (*)

Meu prezadíssimo leitor ou leitora, desta vez cansei de verdade! Durante dois dias da semana passada fiquei mergulhado por mais de 20 horas em um salão em Montevidéu, Uruguai, ouvindo palestras exclusivas, apresentadas por especialistas da Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Espanha e Portugal como parte do 5o. Congresso Latino Americano de Enoturismo realizado pela Aenotur e Associación de Turismo Enológico del Uruguay (Ateu) – Los Caminos del Vino. Wilson Torres, presidente da Ateu e diretor de turismo e eventos da Establecimiento Juanicó presidiu o evento que abriu novas portas para a integração do enoturismo nos dois continentes. Na foto abaixo, palestrantes e realizadores do evento participam de uma foto histórica.

A Associação Internacional de Enoturismo (Aenotur) é formada por municípios e entidades gestoras do turismo vinculados à cultura do vinho e entidades promotoras de rotas do vinho de vários países da Europa e América Latina. In Vino Viajas tem prestigiado estes eventos porque a Aenotur tem dois importantes diferenciais: a troca de experiências proporcionada pela rede de quase 400 cidades representadas, e o fato de que países da América Latina não são apenas assistentes, e sim protagonistas na entidade. E este 5o. Congresso Latino Americano de Enoturismo de Montevidéu, é uma prova disso. Na foto abaixo o presidente do Congresso e a Vice presidente da Aenotur para a America Latina, Ivane Fávero.

Em um dos paineis foram apresentadas políticas públicas de desenvolvimento para o turismo por Benjamin Liberoff, Ministro Interno de Turismo do Uruguai; por José Arruda, diretor da Associação dos Municípios do Vinho de Portugal e por Ivane Fávero, Secretária de Cultura e Turismo de Garibaldi, a capital brasileira do vinho espumante. O Ministro Liberoff reconheceu a importância cultural e econômica do turismo relacionado ao vinho e lembrou que o Uruguai é um dos poucos países do mundo que recebe anualmente tantos turistas estrangeiros quanto sua população: cerca de 3,4 milhões de pessoas por ano! Uma grande lição para o Brasil, meu caro leitor ou leitora, um país quase 50 vezes maior do que o Uruguai que recebeu apenas 7 milhões de turistas em 2014 (incluindo o famoso legado da Copa do Mundo…) por razões diversas que no fundo são reflexos da ausência de políticas públicas de longo prazo.

Não vou fazer um resumo de 20 horas de apresentações, nem destacar a qualidade dos coffee-breaks (como os da foto acima), mas quero destacar tres temas abordados em paineis que abriram possibilidades importantes para o enoturismo em nosso continente, e que serão abordados nos próximos eventos da Aenotur. Os temas são a criação de uma Rota do Turismo do Vinho na America do Sul; a estruturação de um grupo de pesquisadores e professores de enoturismo dos diversos países; e a aproximação com os Estados Unidos, através da participação da agência de promoção especializada Visit Napa Valley.
Os benefícios de uma Rota do Turismo do Vinho na America do Sul foram apresentados por um painel do qual participaram Carina Valicati, consultora especializada da Argentina; Wilson Torres, presidente da Associación de Turismo Enológico del Uruguay; Gail Thorton, diretora da Southbridge Wine Programs do Chile e Edgar Leme, diretor da Vale das Vinhas, agência de turismo especializada de Bento Gonçalves, Brasil – na foto acima. A empresária chilena já vem organizando roteiros multi-territoriais porque isto pode ajudar um turista europeu decidir atravessar o Oceano Atlântico para conhecer vinícolas e bodegas na America do Sul. Espera-se que empresários dos diversos países levem adiante esta possibilidade levantada durante o Congresso.


Na sequência de um painel sobre capacitação do qual participaram representantes da Argentina (Mariana Cerutti), Brasil (Ivane Fávero, da PUC/RS) e do Uruguai (Gabriel Andrade, Diretor da Faculdade de Turismo da Universidade Católica del Uruguay – na foto acima) e de algumas apresentações de estudantes e pesquisadores do Uruguai e do Brasil, foi lançada uma proposta de montagem de um grupo de intercâmbio entre pesquisadores e professores de enoturismo e turismo dos diversos países. A conclusão a que se chegou é que com o desenvolvimento do enoturismo em várias regiões do Cone Sul serão necessários profissionais especializados; a Aenotur vai desenvolver planos neste sentido.

Clay Gregory, CEO da agência de promoção Visit Napa Valley (foto acima), apresentou aspectos do turismo nesta que é a região vinícola mais importante do chamado Novo Mundo, a California. Como de resto em qualquer lugar dos Estados Unidos, a promoção do turismo é levada muito a sério tanto pela iniciativa privada - que é o caso da Visit Napa Valley - quanto pelo governo. Segundo estatísticas oficiais, quase 21 milhões de turistas estiveram nas regiões vinícolas da California em 2008 – dos quais 5 milhões no Napa Valley. Gregory apresentou os programas de atração de turistas que associam arte, eventos desportivos e gastronomia a produção já respeitada internacionalmente das vinícolas do Napa Valley. Foi uma excelente oportunidade de ver como os gringos trabalham, e o quanto ainda precisamos desenvolver.

Ao fazer um resumo do evento, a Vice-Presidente para a America Latina da Aneotur Ivane Fávero (foto acima) lembrou:
·      Perfil do Enoturista: definimos quem é, de onde vem e para onde vai. Sabemos que ele busca mais do que vinho, que ele busca a cultura e a paisagem do lugar que o produz. Quer encontrar a experiência enoturística, aliada à qualidade de vida do local;
·      Oferta enoturística: é preciso constância e persistência, além de trabalho cooperado;
·      Capacitação para o Enoturismo: há que se refletir sobre a qualidade e a metodologia dos cursos que estão sendo ofertados. Capacitar para que, para quem e por quê? Além disso, é importante haver uma maior valorização dos profissionais, inclusive refletida em melhores salários;
·      Promoção do Enoturismo: após diversas apresentações ligadas ao tema, fica a certeza da necessidade de um uso mais efetivo da internet e todas as suas possibilidades.
·      Comercialização do enoturismo: há que se ofertar pacotes que conjuguem vinho, gastronomia, arte, esportes, vivências, numa perfeita harmonia. E há que se provocar no turista e no enoturista o desejo de estar no lugar que está sendo divulgado, algo como “o cenário está pronto, só falta você!”.  
Aenotur: precisamos fortalecer ainda mais a entidade que representa os destinos enoturísticos do mundo. Canelones – Uruguay – já manifestou o desejo de se associar. Agora buscamos a participação do Chile e do Napa Valley – EUA. Também foi sugerido a criação de grupos de trabalho, com trocas de informações. 

O Congresso recebeu mais de 150 participantes e contou com muitos apoiadores e patrocinadores como dá para ver na foto da pasta, acima. Wilson Torres, o presidente, encerrou os trabalhos lembrando que as próximas edições do congresso serão realizadas em junho de 2016, na Itália (o 2º Congresso Internacional de Enoturismo/Europa) e em setembro de 2016, em Mendoza, na Argentina, o 6º Congresso Latino Americano de Enoturismo. E finalizou afirmando que “a promoção do turismo ligado à cultura e ao turismo do vinho feita como um trabalho conjunto com outras cidades e outros países da América Latina vai permitir a criação de uma verdadeira “Estrada dos  vinho da América”, nos educar em qualidade de serviços, permitir a criação de manuais de boas práticas com padrões similares, e fundamentalmente facilitar a divulgação de nossas atrações.” Assino embaixo, Wilson.

Além das 20 horas da maratona de informações das palestras, os participantes do 5o. Congresso Latino Americano de Enoturismo tiveram eventos de confraternização e intercâmbio e fizeram várias visitas técnicas a vinícolas. Eu estava no Grupo B que visitou as vinícolas Artesana, Bouza, Marichal e Juanico - a maior do país, onde brindei com José Arrruda, diretor a AMPV – Associação dos Municípios de Vinho de Portugal – foto abaixo. Mas estas visitas foram tão agradáveis que merecem ser apresentadas com detalhes, o que vou fazer em outra história, aqui no In Vino Viajas. Também fui um dos palestrantes no evento e na foto mais abaixo está um registro deste momento que muito me orgulha, porque sei que participei de um momento de valor histórico para meu país, e que fiz muitos novos amigos. Tim-tim, amigos congressistas!

Para saber mais sobre o evento acesse http://www.enoturismo.com.uy
 (*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas e participou do 5o. Congresso Internacional de Enoturismo a convite da Aenotur e da Associación de Turismo Enológico del Uruguay

 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O assédio sexual de Demi Moore a Michael Douglas que aumentou 4 vezes as vendas de um chardonnay desconhecido – e o enólogo que não quiz dar o vinho para a produção


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu prezado leitor ou leitora, você certamente conhece a história do filme “Assédio Sexual” (em Inglês “Disclosure”), de 1994, no qual uma executiva muito agressiva, interpretada por Demi Moore, assedia sexualmente um subordinado e ex-namorado, interpretado por Michael Douglas. Na foto acima, a moça começa seu ataque sedutor turbinadinha pelo vinho branco que está na mesinha; na foto abaixo, o pobre coitado todo arranhado pela gata selvagem.

Em um determinado momento, ela o obriga a ir até seu apartamento e serve duas taças de vinho - uma garrafa de Pahlmeyer 91, um chardonnay produzido no vilarejo de Coombsville, no Nappa Valey, por uma vinícola pouco conhecida, mas que o casal havia degustado quando eram namorados e passeavam pela Califórnia experimentando vinhos. Você pode não perceber, mas veja o vinho na mesinha lateral na foto abaixo.

Douglas diz: "Um Pahlmeyer 91; como você sabe que eu gosto dele?" E Moore responde "Quero que todos os meninos que trabalham para mim sejam felizes". Uau! O que rolou depois você pode ver no filme (cartaz abaixo), mas agora vai conhecer um lado desconhecido desta história: a de um enólogo babaca que quase pôs tudo a perder.
O roteirista Paul Attanasio tinha ouvido falar deste vinho e pediu para o gerente de produção entrar em contato com a vinícola Pahlmeyer. Ele ligou e pediu um engradado com as garrafas para o filme. O enólogo da Pahlmeyer, beirando a burrice profunda, respondeu que não ia doar, que cada garrafa custava US$ 20 e desligou o telefone. Mais tarde o proprietário da vinícola, Jayson Pahlmeyer, soube do telefonema e lembrou que no filme "Top Gun", no qual Tom Cruise apareceu consumindo o champanhe Taittinger, a vinícola francesa havia faturado cerca de US$ 150,000.00 em publicidade gratuita. Então ele mesmo ligou para os produtores do filme, pediu desculpas e enviou o vinho. O resultado é que ao aparecer no filme “Assédio Sexual” o Pahlmeyer 91 teve uma demanda instantânea quatro vezes maior do que sua produção anual. O nome do enólogo não foi revelado, mas acho que ele trocou de nome e foi morar no Himalaia... Nas fotos abaixo Demi Moore tentando seduzir os leitores de In Vino Viajas no filme Striptease e na praia.


Só para matar sua curiosidade, meu caro leitor ou leitora, o Pahlmeyer Chardonnay Napa Valley 1992 é envelhecido em barricas de carvalho francês, tem pontuação de 95 pontos do Robert Parket e uma garrafa custa cerca entre 60 e 70 dólares. Pois é, parece que o melhor mesmo do filme continua sendo a Demi Moore. Aliás, para que ninguém diga que este blogue não é familia, veja a foto dela aqui abaixo com as três filhas que teve com o ex-marido, o “duro de matar” Bruce Willis, com quem foi casada por 13 anos.
(*) Rogerio Ruschelé editor de In Vino Viajas em São Paulo, Brasil, e não tinha percebido a garrafa de vinho quando viu o filme "Assédio Sexual"...

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Lo que realmente importa nel turismo del vino en la opinión de 88 profesionales de vino y de turismo de 31 países – una encuesta exclusiva de In Vino Viajas


Por Rogerio Ruschel (*)
Estimado amigo o amiga. Fué invitado a contribuir como ponente nel Congreso Latino-americano de Enoturismo, un evento de la Asociación Internacional de Turismo del Vino (Aenotur) en parceria con Los Caminos del Vino – Bodegas Familiares del Uruguay, que se celebrará entre el 17 y el 19 de setiembre nel Sheraton Hotel, en Montevideo, Uruguay. En este evento apresenté una encuesta exclusiva sobre lo que realmente importa en el turismo del vino en la opinión de 88 profesionales de los oficios del vino y el turismo de 31 países - que está acea resumida neste post. 

Aenotur es una organización que tiene como objetivo promover el turismo del vino a nivel internacional, para unir una extensa red de 500 ciudades vinjicolas de todo el mundo en 2 continentes, LatinoAmerica y Europa. Además de los beneficios potenciales de la red de las ciudades, Aenotur tiene otro diferencial que va a se  demostrar en el evento: los países de América Latina no son sólo asistentes, sino protagonistas del show. Vea el mapa de los vinos de Uruguay.

Como los participantes del congreso de Montevideo son profesionales del vino y del turismo de varios países, hice una encuesta primaria que estoy resumiendo aquí ahora en In Vino Viajas, pero que se puede ver en la versión completa en mi perfil Academia.Edu (
-->https://goo.gl/oGc9X6 ). Las respuestas están en Inglés, porque la encuesta ha sido hecha en este idoma. Por lo tanto, vamos conocer lo que realmente importa en el turismo del vino en la opinión de 88 profesionales de los oficios del vino y el turismo de 31 países.

Primeiro, vamos ver sobre lo que estamos hablando:
• Francia quiere alcanzar 100 millones de turistas en 2020 - unos 20 millones serán enoturistas (Mininstro de Asuntos Exteriores, Laurent Fabius, julho, 2015)
• En España 42.000 bodegas recebieran 2 millones de visitantes, generando 50.000 puestos de trabajo en 2014 (ACEVIN)
• Great Wine Capitals, 2011: 32% del volumen total de vino de las bodegas asociadas es vendído a los turistas
• Estados Unidos: casi 21 millones de viajeros visitaron regiones vinícolas en California en 2008 - solo Napa Valley recibió 5 millones (US Travel Association)
• Argentina recibió 1,2 millones de enoturistas en 2011 (Bodegas de Argentina AC)
• Niágara en Canadá recibió 1 millón de turistas en 2011 (Consejo del Vino de Ontario)
• En Australia visitas a bodegas de turistas internacionales llegaron a 660.000 en 2009 (Tourism Australia)

Como cualquier producto, enoturismo tiene muchos tipos diferentes de consumidores. Pero se puede decir que se dividen en dos grandes grupos:
Los Profesionales - todos los que trabaja en/para el vino o la industria del turismo; visitan y al mismo tiempo evalúan lugares. Son orientados por el nariz.
Los no Profesionales - personas comunes que viajan para tener un poco de diversión y alegría y elegen el enoturismo por simpatía o cualquier otro motivo. Son orientados por la diversion.

No es suficiente atraer solamiente a los consumidores profesionales, porque no serían lo suficientemente numerosos para apoyar la actividad y garantizar el retorno de la inversión.
Para ser viable el enoturismo necesita conquistar consumidores habituales, que buscan lugares y las cosas bellas, diferentes, curiosas, elegantes y divertidas, algo como una bodega donde se puede degustar y comprar un buen vino a un precio razonable.
La gran parte de nuestros turistas del vino es el consumidor No Profesional, personas que podrían estar en la playa, pero optaran por visitar su hogar y su vino. ¿Y lo que en realidad les interesa? Abaixo Wilson Torres, el presidente del Congreso Latino-americano de Enoturismo.
Como los consumidores Profesionales son formadores de opinión y influencian decisiones, conocer sus expectativas nos ayudará a entender lo que los No profesionales buscarán. Así que hice una encuesta entre los consumidores Profesionales, buscando representatividad internacional.
* Encuesta realizada en junio de 2015, con la tecnología Google.docs
* Con profesionales de vino (85%) y de turismo (15%)
* En los lectores Vino Viajas (65%) y profesionales de vino y de turismo em grupos especializados de Facebook (35%) hablantes de los idiomas portugués, inglés, español o alemán
* Cuestionario simplificado con cinco preguntas solamiente en Inglés
En el informe final se consideraron 88 encuestados de 31 países: Argentina, Armenia, Brasil, Bulgaria, Canadá, Chipre, Costa Rica, Croacia, Inglaterra, Francia, Georgia, Guatemala, Grecia, Hungría, Italia, Japón, México, Macedonia, Norte Corea, Paraguay, Portugal, Polonia, Rumania, Suiza, Eslovenia, España, Sudáfrica, Serbia, Turquía, Ucrania, Uruguay y Estados Unidos.

Entonces le pregunté en la encuesta "¿En su opinión cuál de estos aspectos son realmente fundamental, indispensable, para que elija un viaje de turismo del vino?" Y les dio opción múltiple, con muchos grupos de aspectos. Usted puede ver las cosas más importantes en las próximas imágenes.







(*) Rogerio Ruschel es el editor de In Vino Vijas desde São Paulo, Brasil, pero procura el major del enoturismo nel mundo todo, como en el Uruguay. La presentación completa en Inglés está en https://goo.gl/QKTQx2  y una versión en Espanõl está en
https://goo.gl/oGc9X6