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domingo, 29 de setembro de 2013

Mercado Ver-o-Peso, Belém do Pará: o caótico e criativo portal das maravilhas da Amazônia brasileira



Por Rogerio Ruschel (*)
Quando estive lá pela primeira vez, em 2010, já conhecia a história e por isso me pareceu ver o fiscal com forte sotaque português, do alto de sua farda de autoridade, gritando para os barcos que chegavam apinhados de mercadorias: ”Ver o peso! Ver o peso! Ver o peso!”.

Na verdade essa deveria ser a cena provável em 1688 naquele local onde eu agora tentava entender o que estava acontecendo: a Casa do Haver-o-Peso no cais implantado na confluência do Rio Guamá com a Baía de Guajará da então Feliz Luzitânia, hoje Belém, Pará.

Pois é: os portugueses, índios, espanhóis, negros, caboclos, mestiços e brasileiros resultantes de todas estas etnias, não tinham como escapar: chegando com os barcos repletos de produtos dos rios, da floresta ou da agricultura, tinham que pesá-los e conforme o peso, pagar os devidos impostos para a Capitania do Pará.

A Casa do Haver-o-Peso funcionou até 1839 quando foi desativada e arrendada para a venda de peixe fresco. Em 1847,com o término do contrato de arrendamento, foi demolida e em seu lugar iniciada a construção do Mercado de Peixe (ou de Ferro) abaixo, e do Mercado da Carne (ou Municipal).

Hoje, mais de 320 anos depois, o Mercado Ver-o-Peso continua a ser uma feira livre muito doida que mistura pessoas, culturas, cores, sons, sabores e mercadorias, mas foi crescendo com a cidade e se tornou um grande Complexo que abrange a Feira do Açaí; a Ladeira do Castelo; as praças do Relógio, do Pescador e dos Velames; o Solar da Beira e o Mercado Municipal. Todo este conjunto foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1977.

O Mercado de Ferro (ou Mercado do Peixe) foi construído pela empresa La Rocque Pinto & Cia, vencedora de uma concorrência pública realizada em 1897, e foi todo transportado da Inglaterra (de onde veio também o relógio da Praça do Relógio - veja abaixo) e montado em Belém.
O povo na época se exibia muito com esta origem “nobre” do Mercado do Peixe da cidade. Com suas quatro torres e elegantes escadas em espiral (abaixo), sua estrutura metálica de zinco veille-montaine seguindo a tendência francesa de art nouveau da belle époque, cobre uma área de 1.197 m² e pesa cerca de 1.130.000 toneladas e foi inaugurado em 1901. (Para ver outro mercado similar a este, construído pelo autor da Torre Eiffel em Dijon, França, acesse http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/05/feira-livre-de-dijon-produtos-naturais.html)
Então vamos ao conteúdo: os peixes - peixes do mar e dos rios amazônicos, como o pirarucu, meio avermelhado e que deve ser parente do bacalhau, mas é mais saboroso do que ele; é o maior peixe de escamas do Brasil chegando a pesar 80 quilos e pescado com anzol! Mas tem também tucunaré, tamauatá, caranguejos, xaréu, curimba, aruanã, cachorra, corumbatá, jaú, mantrinxã, piaus, surubim, pirara e muitos outros peixes com nomes indígenas sonoros e carregados de poesia.
A feira livre do Ver-o-Peso é a maior da América Latina – e provavelmente a mais caótica também, um verdadeiro caos organizado. Como não poderia deixar de ser, tem de tudo, de todo jeito, com todas as cores, aromas e sabores. Tem jambu, um folha conhecida por deixar a boca dormente e que está presente em vários pratos da culinária do Pará.  Tem farinhas com texturas e sabores variados (veja abaixo), sementes, cascas e pós, verduras, palhas (muitas palhas com muito trabalho criativo), plantas estranhas, pinturas, cerâmicas, cereais, artigos artesanais, pimentas - muitas pimentas, algumas muito furiosas, como esta ilustrada abaixo.


Tem frutas amazônicas criativas no nome, cor e sabor como graviola, tucumá, piquiá, cupuaçu, mangaba, muruci, uxi, sapotilha, biribá, guaraná, pupunha, castanhas, bacuri. E tem o Açaí (abaixo), uma fruta de palmeira que chega em barcos cedinho de manhã, coberto com folhas de arumã: sozinho, o Açaí tem uma feira inteira para ele no Ver-o-Peso – o que não espanta, porque no Pará o Açaí tem poesia, pintura, lendas e até mesmo uma dança exclusiva para ele. 
O Mercado Ver-o-Peso tem outras maravilhas esperando por você: a medicina popular. São dezenas de barracas oferecendo plantas, cascas, raízes e ervas aromáticas e produtos prontos como remédios, unguentos, cremes e sabonetes florestais (veja abaixo). Vendedores podem fazer o papel de médicos ou benzedores – ou quem sabe magos da floresta? Se você tem um problema, no Mercado Ver-o-Peso você vai encontrar a solução. Tem até viagra natural!

Mas o entorno do Complexo Ver-O-Peso é também riquíssimo em termos arquitetônicos, históricos e antropológicos, vamos dizer assim. No cais nas margens, o que se vê é uma floresta de mastros, bandeiras, bandeirolas, redes e cordas.
 
Em terra, ao redor do complexo, estão sobrados e sobradões portugueses (alguns disfarçados de varejos populares), a Igreja de Santo Alexandre – uma capelinha de taipa de 1653, a Igreja Matriz de Belém – também uma capelinha de taipa de 1771, e um forte construido em 1616. 
Agora imagine esta região recebendo mais de um milhão de pessoas durante a festa religiosa Cirio de Nazaré (detalhe abaixo), a maior do Brasil! É verdadeiramente um espanto, um feito do qual os paraenses devem se orgulhar muito.
Um almoço no Complexo Ver-O-Peso é no minimo uma atração turística, desde que você seja cuidadoso com as pimentas. Você pode pedir por exemplo, um prato com arroz coberto por vatapá, maniçoba e caruru. O caruru paraense é uma espécie de pirão cremoso que tem por cima camarão seco e salgado com o bonito do jambu (abaixo), a tal folha que deixa a língua dormente nas laterais. 
 

Você pode pedir tacacá – muito popular – que é a combinação de goma de tapioca, caldo de mandioca (tucupi), jambú e camarão seco é servido numa cuia (veja abaixo). Ou o tucupi tambem vendido em garrafas (abaixo). E para harmonizar talvez um suco natural, de uma fruta exclusiva do Pará, algo assim como um suco de bacuri?


O Mercado Ver-o-Peso foi bastante valorizado durante o Ciclo da Borracha, entre o final do século XIX e começo do século XX, quando a cidade de Belém teve grande importância comercial e internacional e sofreu grandes mudanças urbanísticas. São deste periodo, prédios históricos como o Palacio Lauro Sodré (atual Museu do Estado do Pará), o Teatro da Paz (abaixo) e o Palácio Antonio Lemos.
 

(*) Rogerio Ruschel é jornalista, consultor em sustentabilidade com 5 livros e 28 estudos e gosta de mercados livres e cultura popular.





sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Conheça os 50 grandes vinhos portugueses para o mercado brasileiro


Por Rogerio Ruschel (*)

Semana passada participei, em São Paulo, da elegante, deliciosa e irretocável apresentação dos “50 Grandes Vinhos Portugueses para o mercado brasileiro”. Trata-se da segunda edição de uma grande ideia promocional da Vinhos de Portugal no Brasil. Os 50 rótulos foram selecionados por Dirceu Vianna Júnior (abaixo), brasileiro radicado em Londres (executivo da importadora e distribuidora de vinhos Coe Vintners e consultor de vinícolas), único Master of Wine sul-americano e de fala portuguesa. 

Vianna degustou cerca de 460 garrafas de vinhos oriundos de todas as nove regiões vitivinícolas de Portugal e selecionou 50 rótulos que jornalistas, sommeliers, chefs e comerciantes convidados puderam conhecer. Oito dos rótulos foram degustados em sugestões de harmonização durante o almoço no Restaurante Leopolldo Jardins, entre brancos (alvarinho, arinto e moscatel) e tintos das castas touriga nacional do Douro - a belíssima região de enoturismo (foto abaixo) - trincadeira do Alentejo e baga de Bairrada.

Obviamente fazer esta seleção é uma tarefa complicada, mas Vianna afirma que foi muito cuidadoso. “Tenho confiança de que não deixei passar nenhum vinho sem ter demonstrado o devido respeito por cada garrafa. Em certos casos, garrafas foram separadas e degustei esses vinhos várias vezes, para ter certeza”. A seleção incluiu vinhos com foco no mercado brasileiro, com alternativas para todos os gostos e bolsos – vinhos com preço final entre R$ 45,00 e R$ 600,00: 24% dos rótulos tem menos de R$ 100,00; 33% deles entre R$ 100,00 e R$ 200,00; 14% dos selecionados tem entre R$ 200,00 e R$ 300,00 e apenas 19% tem preço sugerido para o consumidor final acima de R$ 300,00.

Jorge Monteiro, presidente dos Vinhos de Portugal (foto abaixo), ressaltou a importância dos vinhos portugueses no Brasil: ocupando a terceira posição, a expectativa de produtores e importadores é que já em 2013 Portugal possa ocupar o segundo lugar como fonte de vinhos estrangeiros no país. Além de reforçar as vendas (estima-se um aumento de 25% em vendas nos próximos três anos), o evento teve como objetivo, segundo Monteiro, “reforçar a imagem de Portugal como país de excelentes vinhos, com qualidade consistente, de uma enorme diversidade de aromas e sabores e uma ótima relação custo-benefício.”

O que é uma absoluta verdade. Todos os vinhos que provei, evidentemente, eram ótimos. Mas recomendarei para meus amigos e leitores pelo menos tres deles. O primeiro é um tinto, o Passadouro Touriga Nacional 2010, da Quinta do Passadouro Sociedade Agrícola, do Douro (abaixo), com notas de frutas pretas, suavemente doce, amadeirado sem exageros, com aromas de ervas e chá preto e que apesar de jovem é atraente e bem estruturado. O final na boca é excelente – fiquei com desejo de “quero mais”. Veja também abaixo a cor vibrante da uva touriga nacional.

O outro é um  branco em embalagem bem charmosa (veja a foto). Trata-se do Muros do Melgaço, um vinho verde Alvarinho Monção e Melgado, safra 2011 (veja a cor da uva, abaixo) da Anselmo Mendes Vinhos, um clássico. Produzido voltado para o sul, com influência do oceano atlântico, tem boa acidez, e as esperadas notas de frutas cítricas, com textura cremosa. Pode ser guardado por 10 anos. Gostei do final de boca bastante refrescante e mineralizado.

O terceiro é um vinho que acompanhou a sobremesa - uma cocada com dadolata de abóbora e sorvete de paçoca. Provei duas sugestões de harmonização, mas me encantei com o Bacalhôa Moscatel Roxo, produzido em 2001 pela Bacalhôa Vinhos de Portugal na Península de Setúbal, com uma maravilhosa cor dourada. Depois de ficar oito anos em barricas de carvalho de 200 litros servidas a whisky, se apresentou doce, rico e bem equilibrado, com um final delicado – acho que foi feito para acompanhar cocadas com abóbora feitos no Brasil... Veja abaixo a cor da uva e o Bacalhôa degustado.

Veja a lista completa dos 50 vinhos selecionados por Dirceu Vianna Júnior em http://www.winesofportugal.info/pagina.php?codNode=123312


(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e apreciador de vinhos portugueses






quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Enoturismo inteligente na Andaluzia, Espanha, propõe “paternidade responsável” de vinhas com “sigue tu cepa”

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Por Rogerio Ruschel (*)
Em Montilla, uma comunidade da província de Córdoba, na Andaluzia, Espanha (entre Córdoba e Malaga, bem ao sul, veja no mapa abaixo), o enoturismo se transformou em uma atividade de – digamos assim – “paternidade responsável”. Explico.
-->A Bodegas Robles, uma empresa familiar que desde 1927 produz vinhos finos de mesa (DO Montilla-Moriles), vinhos reforçados, vinagres e outros produtos como geléias e sucos, decidiu, no final dos anos 90, ser 100% ecológica. Pratica o controle biológico de pragas apoiando o papel dos insetos no processo agrícola; adota a adubação da terra exclusivamente com cobertura vegetal utilizando plantas como papoulas, leguminosas e trebolinas, que tem raízes curtas e fixadoras de nitrogênio (imagem abaixo).
-->Na fermentação da uva utiliza leveduras autóctones que são da região e que estão fixadas na pele das uvas, de modo natural; e faz de tudo para respeitar o solo, o ambiente, as uvas e o produto final. Na foto abaixo dá para comparar o solo com cobertura vegetal ecológica (na metade inferior da foto, parece que tem "mato") com uma área convencional de produção vinícola de um vizinho (parte superior da foto, bem "clean").
-->Além de ser certificada pela Normativa Européia para Agricultura Ecológica, a Bodegas Robles foi o primeiro produtor vinícola espanhol a calcular suas emissões de GEEs (Gases de Efeito Estufa) que promovem o aquecimento do planeta. E já foi premiada como a melhor empresa ecológica da Espanha pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2006.
-->Uma de suas marcas, o vinho Piedra Luenga Fino é um grande campeão em concursos de vinhos espanhóis; o Pedro Ximenez 1927 (do qual snao fabricados apenas 600 garrafas por ano) ganhou o "Gran Oro" no concurso Vinalies 2013 este ano em Paris, vencendo 3.425 rótulos.
-->Como a empresa diz numa frase muito feliz, a partir do momento em que decidiram ser 100% ecológicos, entenderam que mais do que do progresso, seriam partidários do regresso – isto é, passar a fazer atividades “antiquadas” mas com menos impacto ambiental. E para isso conta com a ajuda dos turistas. Além de vários programas educacionais, os enoturistas são convidados a adotarem uma vinha em seu ciclo de vida para acompanhar seu desenvolvimento ao longo do ano. 
-->Trata-se do programa “Sigue tu cepa” (“Acompanha tua vinha”, em tradução livre) que transforma o turista em um padrinho (ou pai, ou mãe) de uma vinha ou parte do vinhedo. E como no vinhedo tudo é ecológico, trata-se de uma “paternidade responsável”… Mais do que uma promoção turística inteligente, é uma proposta educativa que merece aplauso, e que já chegou às redes sociais (veja abaixo).
-->Os turistas que tem a oportunidade de visitar os vinhedos em diferentes épocas do ano, realizam esta paternidade ao vivo, como se estivessem acompanhando o crescimento de um filho. Eles acompanham a hibernação do vinhedo no inverno, a poda, a seleção dos brotos, a brotação, a limpeza da área, a adubação ecológica, o amadurecimento das uvas (cepas tempranillo, verdejo e pedro ximenez) e o crescimento da vinha.
-->Até que em setembro chega o grande momento da vindima: centenas de turistas chegam aos vinhedos para a colheita das uvas e o preparo do mosto, numa verdadeira "invasão" de "pais de vinhas" como mostramos na foto acima. Além da parte agrícola, o turista pode participar do processo produtivo, a começar pela divertida brincadeira de amassar as uvas com os pés, que trasnsforma adultos em crianças (abaixo).
-->O turista também pode opinar sobre a produção de um vinho,  acompanhar a primeiras fermentação, degustar e até mesmo fazer seu próprio vinho com mosto da safra anterior, com seu nome e personalidade.
-->Este ano a vindima começou em 22 de setembro na região de Montilla-Moriles. Se no ano que vem você quiser passar o dia na vindima ajudando na colheita, acompanhando as tarefas agrícolas e industriais, degustando vinhos já prontos e saboreando um almoço familiar e ecológico, vai pagar 20 Euros.
No Facebook a empresa publica as fotos de um cacho de cada um dos vinhedos adotados por um “padrinho”, com o nome do padrinho. São centenas; abaixo, por exemplo, está um cacho de uva das videiras de um turista chamado Peter Liem. Fantástico, não?

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In Vino Viajas recebeu o seguinte comentario de Francisco Robles, diretor da Bodega Robles: "En el proyecto "sigue tu cepa" es LA VID quien se convierte en madrina de las personas, es ella (la vid, que representa a la naturaleza) quien nos muestra a las personas cómo crecer, cómo evolucionar, cómo esforzarse ante las adversidades climatológicas y cómo se recogen los frutos al esfuerzo de todo el año a través de los racimos de uvas en la vendimia. Así podemos mostrar a nuestros seguidores que, nosostros (las personas), siempre debemos de aprender de la naturaleza, y no al contrario para de esta forma tener consciencia de la importancia que tiene mantener el medio ambiente."
Ou http://www.bodegasroblesblog.com/
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Saiba mais sobre sustentabilidade:

·      Turismo e sustentabilidade: como beber desta fonte harmonizando benefícios - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/11/turismo-e-sustentabilidade-como-beber.html
·      Microvinhas: curso inovador na Espanha sobre vinicultura sustentável e de alta qualidade em minifúndios tem participação de especialista brasileiro - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/10/microvinhas-curso-inovador-na-espanha.html

·      Microvinhas: os benefícios de produzir vinhos que são eco, micro, top e show - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/11/oportunidades-e-dificuldades-para-o.html

·      MicroVinya: a revolução dos minifúndios sustentáveis de Alicante, Espanha, com vinhedos centenários recuperados e vinhos com poderosa identidade social - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/05/microvinya-revolucao-dos-minifundios.html

·      Coisa de chines: um mega hotel ecológico e futurista numa pedreira desativada - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/08/coisa-de-chines-um-mega-hotel-ecologico.html

·      Os impactos do Réchauffement de la Planète (a versão francesa do Aquecimento Global) no mundo do vinho - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/01/os-impactos-do-rechauffement-de-la.html

·      Jovens empreendedores espanhóis e portugueses fazem sucesso produzindo pranchas de surf com rolhas de cortiça recicladas - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/07/jovens-empreendedores-da-espanha.html

·      Fique esperto: saiba como a rolha de cortiça preserva os aromas do seu vinho e os recursos do nosso planeta - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/08/fique-esperto-saiba-como-rolha-de.html

·      Bird&Wine: degustar vinhos e observar aves, a inteligente proposta de enoturismo da Rota do Vinho Utiel-Requena, Espanha - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/02/bird-degustar-vinhos-e-observar-aves.html

·      Enoturismo inteligente na Andaluzia, Espanha, propõe “paternidade responsável” de vinhas com “sigue tu cepa” - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/09/enoturismo-inteligente-na-andaluzia.html

·      Associazione Vino Libero: um manifesto italiano pela produção de vinhos com identidade, honestidade e sustentabilidade - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/02/associazione-vino-libero-um-manifesto.html

 

(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e adoraria ser um "pai responsável" de uma videira de Montilla, Espanha.