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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Galápagos: um planeta encantado perdido no Oceano Pacífico


Por Rogerio Ruschel (*)
Galápagos é certamente um dos lugares mais estranhos e curiosos do mundo, e até hoje nunca soube de um turista ou conheci um jornalista que não tenha ficado muito impressionado com o que encontrou lá – de fato, Galápagos merece ser um dos destinos mais desejados do mundo – e tão interessante que vou apresentá-lo aos poucos leitores do In Vino Viajas em vários posts, começando agora. 

Perdidas no meio do Oceano Pacífico, cerca de 980 quilometros da terra mais próxima – a costa do Equador – as Ilhas Galápagos foram formadas (e continuam sendo) pelas forças da natureza como vulcões, ventos, chuva e oceanos e abrigam algumas das mais estranhas criaturas do planeta, muitas das quais só existem aqui, como as pré-históricas iguanas-marinhas que vivem em colonias de dezenas de indivíduos, pelas pedras – veja abaixo. 
  Entre os animais que só existem lá estão as as tartarugas gigantes, que se transformaram no símbolo de Galápagos (e geraram o nome). Pesquisadores identificaram 15 diferentes espécies e vem pesquisando para preservar e ampliar as populações, mas em junho de 2012 morreu o “Solitário Jorge” (ou Lonesome George como era chamado pelos jornalistas) com cerca de 100 anos de idade, que era o último representante da espécie Geochelone abigdoni. Veja as fotos do simpático George, abaixo.

Esta grande diversidade de vida animal “diferenciada” se deve ao isolamento do continente e à presença de quatro correntes oceânicas do Pacífico que se cruzam na região e fazem com que a vida marinha seja extraordinária no mar e muito estranha em terra, como o atobá de patas azuis, abaixo. 

Além disso existe outro atrativo mágico para o turista: os animais são muito pacíficos. Como nenhum grande predador terrestre foi capaz de chegar ao arquipélago, os animais não têm medo de outros bichbos o que faz com que os turistas possam chegar bem perto deles - como este repórter mostra, na foto abaixo. É claro que para manter este equilibrio de comportamento, o turismo é severamente controlado, tanto em volume de turistas quanto de onde se pode ir e quando. 
Pertencente ao Equador, o Arquipélago de Galápagos (também chamadas de Ilhas Encantadas) é formado por 13 ilhas principais (4 delas habitadas) e outra cerca de 90 pequenas ilhas ou rochedos isolados. Na verdade, como as ilhas vão surgindo a partir de erupções vulcânicas, as mais “velhas” já tem solo fertile plantas, e as mais recentes são apenas lava resfriada (veja abaixo). 
  Esta é uma das maravilhas de Galápagos: conforme você vai visitando as ilhas, pode acompanhar a evolução do território, das plantas e dos animais. 
Você pode visitar Galápagos a qualquer época do ano e pode chegar de avião ou de barco, num cruzeiro. Eu fiz uma mistura dos dois: de Quito fui de avião (umas 3 horas) e me hospedei em um navio de cruzeiro, que fica navegando entre as ilhas. 

Navios, é claro, com um bom cardápio de vinhos, porque visitar Galápagos é um roteiro turístico de primeira classe. Lembro até hoje de ter bebido um Chardonnay da vinicola equatoriana Chaupi Estancia Winery, harmonizado com frutos do mar – aliás, frutos do mar que vi quando mergulhei em Galápagos, mas isto é uma história para outro post.

Realmente as ilhas Galápagos são literalmente um espanto, e contribuíram para mudar nosso entendimento sobre a vida na Terra ao inspirarem Charles Darwin em 1831, a poder comprovar uma tese que mais tarde se chamaria de Teoria da Evolução Natural.


Veja outros posts sobre a magia de Galápagos aqui no In Vino Viajas. 
 (*) Rogério Ruschel é jornalista e consultor especializado em sustentabilidade e esteve em Galápagos a convite do Ministério do Turismo do Equador.







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